O turismo internacional nos Estados Unidos registra uma retração de 7% nos gastos de visitantes estrangeiros em 2025 em relação ao ano anterior, totalizando menos de US$ 169 bilhões, segundo estudo do World Travel & Tourism Council (WTTC).
Essa queda coloca o país como o único entre 184 nações a enfrentar declínio no setor. Enquanto o turismo global avança, os EUA têm perdas projetadas em até US$ 29 bilhões e milhões de empregos do setor de turismo em risco.
O estudo do WTTC, divulgado em agosto, aponta que as políticas do presidente Donald Trump impulsionam a redução no fluxo de turistas. Tarifas impostas ao Canadá, México e União Europeia, aliadas à retórica anti-imigração e proibições de entrada, resultaram em queda de 20% nos visitantes canadenses e de 17% a 28% entre europeus, como alemães, espanhóis e britânicos.
A pesquisa revela, ainda, que as detenções de turistas com visto válido e atrasos em processos consulares aumentaram o receio de viagens ao país.
Turismo estrangeiro em queda
Dados da Administração de Comércio Internacional (ITA) confirmam a tendência nacional. Nos primeiros cinco meses de 2025, o número de chegadas estrangeiras caiu 2,4% em comparação com o mesmo período de 2024. O impacto econômico se estende a receitas e empregos.
O turismo representava cerca de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) americano em 2023, conforme dados do Departamento de Análise Econômica divulgados pela BBC. Em maio de 2025, porém, o Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) projetou que os gastos de visitantes internacionais nos Estados Unidos alcançariam cerca de US$ 169 bilhões, uma queda de US$ 12 bilhões em comparação com 2024. Outro relatório da consultoria Tourism Economics, de abril, estima queda de 9,4% no número de turistas estrangeiros e redução de 5% em seus gastos totais.
Queda de turistas se espalha pelos EUA
O fenômeno se replica em outras regiões. Nova York projeta uma queda de 17% no número de viajantes internacionais em 2025. Na Califórnia, a projeção é de retração de 9% nas visitas estrangeiras. Esses números alinham-se ao estudo do WTTC, que projeta perdas de US$ 29 bilhões em receitas turísticas internacionais para o ano.
Orlando, polo de parques temáticos, reflete o impacto nacional. A cidade, que atraiu 75,3 milhões de visitantes em 2024, sendo 8,6% estrangeiros (6,49 milhões), segundo a Visit Orlando, prevê uma queda de 8% nas chegadas internacionais em 2025.
Embora parques temáticos como Walt Disney World e Universal Orlando mantenham forte atratividade para turistas domésticos, a queda de visitantes internacionais, que tendem a gastar mais, impacta a economia local. O setor de turismo, que gerou US$ 92,5 bilhões em 2024 e sustenta cerca de 30% dos empregos na região, enfrenta desafios significativos.
Prefeita de Las Vegas faz apelo a turistas
Em Las Vegas, a capital do entretenimento, a prefeita Shelley Berkley destacou o declínio no número de turistas estrangeiros em declarações públicas. Em 7 de agosto, ela descreveu o mercado canadense como passado “de uma torneira aberta para um gotejamento”.
Em meados de setembro, segundo a BBC, Berkley apelou diretamente aos canadenses: “Por favor, venham. Nós amamos vocês, precisamos de vocês e sentimos sua falta”. Os números da Las Vegas Convention and Visitors Authority (LVCVA) registraram 3,2 milhões de visitantes em julho, queda de 12% ante o ano anterior, marcando o sétimo mês consecutivo de redução.
Las Vegas serve como indicador do turismo nacional, afirmou à BBC Andrew Woods, diretor do Centro de Pesquisa Econômica e Empresarial da Universidade de Nevada. Isto porque um em cada quatro empregos na cidade depende do setor de lazer e hospitalidade, que responde por metade do orçamento estadual.
A taxa de ocupação hoteleira caiu vários pontos percentuais em relação a 2024, apesar de permanecer acima da média nacional. No Aeroporto Internacional Harry Reid, julho viu 287 mil passageiros a menos, queda de 5,7%, com redução acumulada de 4,4% desde janeiro.
Canadenses lideram retração de visitantes
A maior queda vem do Canadá, principal fonte internacional para Las Vegas. Em 2024, 1,4 milhão de canadenses visitaram a cidade, segundo a Tourism Economics. Este ano, as reservas entre abril e setembro caíram mais de 70%, conforme o relatório do WTTC.
Segundo a BBC, economistas atribuem o declínio às tarifas de Trump contra o Canadá e comentários sobre torná-lo o “51º estado”. Keith Serry, escritor e comediante de Montreal, cancelou shows em Nova York em abril, citando insegurança e aversão a contribuir para a economia americana.
Políticas de imigração contribuem para o quadro, segundo o WTTC. A “taxa de integridade de visto” de US$ 250, implementada recentemente, somada a aumentos no ESTA e no formulário I-94, atua como barreira, destaca a organização. A U.S. Travel Association descreve essas medidas como “tarifa própria sobre um dos maiores produtos de exportação dos EUA: os gastos com turismo”, segundo o relatório.
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