Uma pesquisa recente do instituto Datafolha revelou um cenário preocupante: a inflação continua afetando diretamente o dia a dia dos brasileiros, especialmente no que diz respeito à alimentação. Segundo o levantamento, 58% da população afirma ter diminuído a quantidade de comida comprada, e 25% dizem que hoje têm menos alimentos do que o necessário dentro de casa.
Enquanto isso, apenas 13% relatam ter comida em excesso, e 60% afirmam manter um equilíbrio — ou seja, têm exatamente o suficiente para o consumo diário. Esses dados reforçam o peso do aumento de preços sobre a mesa dos brasileiros.
A disparada no preço do café é um dos exemplos mais emblemáticos da inflação atual. Com uma alta acumulada de 77,8% em apenas 12 meses até março de 2025, a bebida obrigou os consumidores a se adaptarem. Metade da população trocou a marca habitual por uma opção mais barata, enquanto 49% simplesmente reduziram a ingestão do produto no dia a dia.
No total, 80% dos brasileiros disseram ter feito algum tipo de ajuste na alimentação como forma de driblar os efeitos da economia. Um dos reflexos disso é que 61% relataram sair de casa com menos frequência, estratégia usada para evitar gastos extras.
As mudanças não se limitam à alimentação. Metade dos entrevistados declarou ter diminuído o consumo de água, luz e gás como tentativa de aliviar o orçamento. Outros 47% passaram a buscar fontes alternativas de renda, e 36% reduziram a compra de remédios — uma decisão que pode ter impacto direto na saúde da população.
A pesquisa ainda apontou comportamentos extremos como parar de pagar dívidas (32%) e até deixar de quitar contas domésticas básicas, atitude assumida por 26% dos participantes.
Esse panorama mostra que, além de influenciar o que vai à mesa, a inflação tem provocado um verdadeiro replanejamento do cotidiano das famílias brasileiras.
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