Durante sua viagem oficial ao Japão para a cúpula do G7, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama, Rosângela da Silva, conhecida como Janja, foram vistos usando tênis de luxo com preços exorbitantes. Enquanto Lula desfilava um par de sapatos da marca Balenciaga, avaliado em aproximadamente R$ 10.550, Janja usava um modelo de cerca de R$ 3 mil. O episódio gerou duras críticas de setores conservadores e liberais, que enxergam na escolha do casal presidencial um símbolo de hipocrisia e desconexão com a realidade da população brasileira.
Líderes e intelectuais de direita foram rápidos em apontar a contradição entre o discurso de Lula sobre combate à desigualdade e a escolha por acessórios de alto valor. O economista e colunista Rodrigo Constantino criticou: “Lula posa de defensor dos pobres, mas calça um tênis de mais de R$ 10 mil. O Brasil real está na fila do osso, enquanto o presidente se lambuza no luxo”.
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) também se manifestou, destacando a incoerência entre a retórica petista e suas ações: “Lula diz que governa para os pobres, mas gasta mais do que o salário mínimo num único par de sapatos. Isso é a verdadeira esquerda: prega uma coisa e faz outra”.
O cientista político e escritor Flávio Morgenstern ressaltou que a esquerda tem um histórico de uso da pobreza como discurso, mas que, na prática, seus líderes vivem como elites aristocráticas: “Essa é a velha esquerda de sempre: os pobres que fiquem com suas migalhas, enquanto seus líderes esbanjam dinheiro em luxo europeu”.
O jornalista Augusto Nunes também fez coro às críticas e relembrou episódios passados: “Não é de hoje que Lula e o PT falam uma coisa e fazem outra. Já vimos isso no passado, e agora ele volta a exibir sua hipocrisia sem qualquer pudor”.
Diante das críticas, aliados do governo tentaram minimizar a polêmica, afirmando que os tênis foram adquiridos com recursos próprios do casal e que não há qualquer irregularidade no uso de itens de luxo por parte do presidente e da primeira-dama. O ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, acusou a oposição de “fabricar escândalos” e de praticar “moralismo seletivo”.
Ainda assim, o episódio reforça o argumento da direita de que o discurso petista sobre justiça social não condiz com as práticas de seus líderes. Enquanto a economia brasileira enfrenta desafios, com milhões de cidadãos lutando para pagar suas contas, a ostentação do casal presidencial no exterior serve como mais um exemplo da desconexão entre os governantes e a realidade do povo.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi visto em Brasília utilizando uma gravata da marca de luxo francesa Louis Vuitton, avaliada em R$ 1.680, durante uma entrevista realizada a emissoras de rádio em sua residência oficial, a Granja do Torto, no dia 6 de fevereiro de 2025. O episódio foi amplamente debatido e criticado nas redes sociais e veículos de imprensa, já que aconteceu na véspera de uma declaração polêmica do presidente, que sugeriu aos brasileiros que não comprem produtos caros como forma de “controlar os preços” em tempos de inflação alta.
Durante a entrevista, Lula comentou que “uma das maneiras mais importantes para que a gente possa controlar o preço é o próprio povo. Se você vai ao supermercado e desconfia que tal produto está caro, você não compra. Quem está vendendo vai ter que baixar”. Contudo, a fala, cujo objetivo era engajar a população em uma conscientização econômica, foi ofuscada pela percepção de incoerência em usar um acessório de alto valor, enquanto muitos brasileiros enfrentam dificuldades até para adquirir produtos básicos de alimentação.
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