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Ramagem fugiu pela Guiana sem passar por fiscalização, confirma PF

Deputado usou passaporte diplomático para entrar nos Estados Unidos

15/12/2025 16h05
Por: Redação Fonte: Agência Brasil
© Fernando Frazão/Agência Brasil
© Fernando Frazão/Agência Brasil

O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, confirmou nesta segunda-feira (15) que o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) deixou o país clandestinamente pela fronteira com a Guiana e utilizou o passaporte diplomático para entrar nos Estados Unidos, para onde fugiu após ter sido condenado por tentativa de golpe de Estado.

“A rota [de fuga] parece muito clara, via Guiana, saindo clandestinamente do Brasil, não passando por nenhum ponto de fiscalização”, disse Rodrigues.

Ramagem foi visto em Miami, na Flórida, em novembro, pouco antes de a execução da pena de 16 anos, um mês e 15 dias de prisão ser decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), que então expediu um mandado de prisão preventiva contra o parlamentar.

Segundo a apuração feita pela PF, Ramagem obteve ajuda para deixar o país pela fronteira de Roraima, estado em que o parlamentar construiu carreira como delegado da própria PF . Andrei Rodrigues confirmou a prisão no sábado (13), a mando de Moraes, de um homem que auxiliou o parlamentar a escapar. “Ele vai ser interrogado nos próximos dias”, disse.

“Chegou-se a esse grupo que teria facilitado a fuga do parlamentar”, acrescentou o diretor da PF, sem citar nomes. O homem preso pela PF já foi identificado, contudo, como sendo Celso Rodrigo de Mello, filho de Rodrigo Cataratas, conhecido por sua ligação com o garimpo.

Entenda

Ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem foi condenado pelos crimes de golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.

A Primeira Turma do STF considerou o parlamentar culpado por ter instrumentalizado a Abin em prol de manter o ex-presidente Jair Bolsonaro ilegalmente no poder. Segundo as investigações, a agência foi utilizada para espionar adversários, além de produzir e disseminar notícias falsas e desinformação sobre o processo eleitoral.

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