O Partido Progressistas (PP) deu um passo decisivo para consolidar sua influência em Mato Grosso do Sul durante um encontro estratégico realizado no último sábado (4), no Hotel Deville, na capital. Com a presença de pesos pesados como o governador Eduardo Riedel, a senadora Tereza Cristina e o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), deputado Gerson Claro, o evento não só anunciou filiações de prefeitos e lideranças locais, mas também acendeu os holofotes para as eleições de 2026 – especialmente a corrida ao Senado, onde Claro surge como um dos nomes mais cotados para representar o partido.
O encontro, batizado com o tema "Construindo o MS para o Brasil e para o mundo", reuniu lideranças estaduais e nacionais para debater o fortalecimento da sigla e o papel de Mato Grosso do Sul no cenário nacional. Palestrantes como Riedel e Tereza Cristina enfatizaram o desenvolvimento econômico e as estratégias para o Estado, mas os bastidores foram dominados por movimentações eleitorais. "Estamos construindo um projeto para consolidar o PP em MS", declarou Gerson Claro ao TopMídiaNews, sinalizando sua visão de longo prazo para o partido – uma declaração que, no contexto atual, soa como um prenúncio de sua ambição maior.
Entre as novidades, o PP oficializou a filiação de quatro prefeitos: Cassiano Rojas Maia (Três Lagoas), Marcelo Pé (Antonio João), Gilson Cruz (Juti) e Malaquias (Japorã). A lista de adesões ainda incluiu o ex-secretário estadual de Infraestrutura e ex-prefeito de Ponta Porã, Hélio Peluffo; o ex-prefeito de Corumbá, Marcelo Iunes; a secretária-adjunta de Governo, Ana Carolina Nardes; e a secretária da Cidadania, Viviane Luiza. O secretário de Governo e Gestão Estratégica, Rodrigo Ramos Pérez, teve sua filiação – ocorrida há cerca de 20 dias – finalmente divulgada no evento. Jovem e com bagagem na iniciativa privada, Pérez foi elogiado por Claro como "um nome forte para o partido", reforçando a estratégia de atrair perfis técnicos para robustecer a base.
Mas foi no eixo das eleições de 2026 que o encontro ganhou contornos de disputa acirrada. A senadora Tereza Cristina, uma das principais articuladoras do PP no Estado, anunciou o compromisso de eleger dois senadores da direita, com o ex-governador Reinaldo Azambuja já confirmado como um dos nomes. Para a segunda vaga, o partido avalia três pré-candidatos internos: o deputado federal Luiz Ovando, o secretário de Infraestrutura de Campo Grande, Marcelo Miglioli, e, em posição de destaque, Gerson Claro. "Vamos deixar as vaidades de lado e ver quem tem mais chance de ganhar. Nosso objetivo é fortalecer o nosso grupo e eleger dois senadores ligados à direita, dentro do nosso arco de alianças", afirmou Tereza Cristina, em declaração que coloca Claro no centro das negociações.
A possibilidade de Claro ser o escolhido ganha tração por sua liderança consolidada na ALEMS e pelo papel que tem desempenhado na articulação partidária. Como presidente da Assembleia, ele acumula experiência em pautas estaduais que ressoam nacionalmente, como infraestrutura e desenvolvimento regional – temas caros ao PP. Analistas políticos locais veem no deputado um perfil conciliador, capaz de unir o interior do Estado com a capital, o que poderia ser decisivo em uma eleição polarizada. "Gerson Claro representa a renovação com solidez, e sua presença no encontro foi um recado claro de que ele está pronto para o salto", comentou uma fonte próxima à cúpula partidária.
Ovando e Miglioli também se posicionaram. O deputado federal criticou medidas "populistas" do governo federal, como a taxação dos "super-ricos", e defendeu que a escolha deve priorizar a "intenção de voto" do eleitor. Já Miglioli, que disputou o Senado em 2018, reafirmou sua disponibilidade: "É uma construção que será feita com o tempo. A convenção vai definir o nome, mas estou à disposição do partido". Ainda assim, a menção explícita de Claro por Tereza Cristina sugere que ele pode ter a preferência da ala mais experiente, especialmente com o apoio de Riedel, filiado recente à sigla.
A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), reforçou o caráter estratégico do evento: "É um dia de alinhamento, de entender os novos caminhos do Partido Progressistas no Mato Grosso do Sul. A presença da nossa maior liderança, a senadora Tereza Cristina, fortalece esse movimento. Tudo isso interfere nas próximas eleições". Tereza Cristina também tocou em pautas nacionais, como a isenção de IR para rendas até R$ 5 mil e a continuidade da CPMI do INSS, defendendo uma análise "madura" para não afastar investimentos.
Com essas filiações e o foco no interior, o PP sinaliza uma expansão que vai além da capital, mirando robustez para 2026. A decisão final sobre o segundo candidato ao Senado caberá à convenção partidária, prevista para julho do próximo ano. Enquanto isso, Gerson Claro, com seu histórico de liderança na ALEMS e declarações de consolidação partidária, emerge como a aposta mais promissora – um nome que poderia transformar o Progressistas em protagonista absoluto no tabuleiro eleitoral sul-mato-grossense.
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