Durante reunião da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados (CAPADR), que ocorreu nesta terça-feria (02), o presidente da Comissão deputado federal Rodolfo Nogueira (PL-MS) rebateu a ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas no Brasil Marina Silva em relação aos números errados apresentados por ela.
“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. Degradação da Amazônia cresce, 482% em 2025”, rebateu Nogueira após a ministra afirmar que os incêndios diminuíram durante o governo Lula.
Nogueira continuou seu discurso criticando a fala de Marina quando a ministra disse que hoje a culpa do desmatamento é do clima. “A culpa do desmatamento não é mais do Bolsonaro, a culpa hoje é de São Pedro”, rebateu o parlamentar.
Marina foi convocada para prestar esclarecimentos sobre sua postura em relação às queimadas, fiscalização ambiental, defensivos agrícolas e participação em mobilização indígena.
Sobre sua participação na mobilização indígena do movimento Terra Livre, Marina disse que apenas participou da mobilização por ser agente pública. Nogueira rebateu lembrando que vendedor de algodão-doce foi preso, condenado e julgado por ter apenas participado do suposto golpe de estado. O parlamentar usou essa analogia para indagar a ministra sobre ela também poder ser conduzida a julgamento por ter participado de movimento criminoso, que manifestava contra o estado.
A ministra também foi indagada pelo parlamentar sobre o IBAMA ter se tornado “uma indústria de multas”. Marina recuou novamente e disse que o ministério estava abandonado e, novamente, culpou Bolsonaro pela falta de efetividade do IBAMA durante sua gestão.
Para finalizar, Nogueira deixou registrado que ficou insatisfeito com a presença da ministra, pois os esclarecimentos não foram feitos. “Registrar a minha insatisfação quanto as respostas e a quantidade de narrativa políticas para pararem o desmatamento assombroso de, 452% na Amazônia, os focos de queimada, no Pantanal. Em defesa do pantaneiro, sou do MS, sou pantaneiro, o pantaneiro hoje tem uma importante função contra as queimadas e contra os incêndios. Ao contrário do que dizem, hoje o boi bombeiro, o boi pantaneiro é o boi bombeiro que come o pasto e tira a matéria orgânica que está aumentando os incêndios pelo Brasil”, explicou.
E por fim, o presidente da comissão apelou para que a ministra focasse nos incêndios do Pantanal. “Eles ocorrem no campo dos índios, ele vem da comunidade indígena que é dentro do Pantanal. Se queremos coibir os incêndios do Pantanal, temos que combater os focos e o foco não é do pantaneiro, o foco é das comunidades indígenas.
“O Ministério do Meio Ambiente tem que parar de perseguir o produtor rural, o produtor rural tem a função de alimentar o Brasil e o mundo. Não adianta confiscar gado, cortar curral, queimar curral, queimar maquinário. O produtor rural, esse coitadinho lá do Norte, não tem para onde ir e o confisco de gado não é de direito do Ministério do Meio Ambiente. Confiscam o gado e a gente não sabe para onde esse gado está indo. Que a senhora realmente tenha consciência em relação aos produtores do Norte, em relação aos produtores rurais pequenas, grandes e médios”, apelou.
A reunião começou às 10h e seguiu até o fim da tarde, com duração de mais de sete horas.
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