O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez declarações enfáticas nesta semana, afirmando que, caso o presidente dos Estados Unidos Donald Trump decida aplicar tarifas sobre produtos brasileiros, o Brasil responderá da mesma maneira, com a aplicação de tarifas sobre os produtos americanos. A declaração de Lula destaca a postura de reciprocidade do Brasil diante de medidas comerciais que possam ser adotadas pela administração de Trump, caso o magnata retorne à presidência.
Lula afirmou, em coletiva de imprensa, que “se ele [Trump] taxar os produtos brasileiros, haverá reciprocidade do Brasil em taxar os produtos americanos, simples, não tem nenhuma dificuldade.” A fala do presidente brasileiro reflete a preocupação com a possibilidade de o presidente dos Estados Unidos retomar políticas protecionistas que afetam as exportações brasileiras, como aconteceu durante o período de sua gestão (2017-2021).
A ameaça de Lula de retaliar eventuais tarifas americanas tem como base a política comercial internacional de reciprocidade, um princípio geralmente adotado por países quando enfrentam ações unilaterais de outros países que afetam negativamente suas economias. Segundo o presidente, o Brasil não aceitará medidas que prejudiquem seus produtos no mercado global, especialmente no mercado norte-americano, um dos principais destinos das exportações brasileiras, especialmente nas áreas de soja, carne, café e produtos minerais.
O discurso de Lula reflete também uma postura mais assertiva do Brasil no comércio internacional, ao buscar defender os interesses econômicos nacionais diante de uma possível reedição de políticas de "America First" (América Primeiro), implementadas por Trump durante seu mandato. Essas políticas tinham como objetivo priorizar a produção doméstica dos EUA e proteger os empregos americanos por meio de tarifas e outras barreiras comerciais.
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