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Novas diretrizes ampliam cuidado nas perdas gestacionais

Os avanços da imunologia da reprodução têm ampliado o diagnóstico e o tratamento das perdas gestacionais recorrentes no Brasil. O novo guideline da...

11/12/2025 10h45
Por: Redação Fonte: Agência Dino
Dr. Marcelo Cavalcante
Dr. Marcelo Cavalcante

Perdas gestacionais recorrentes, definidas como duas ou mais perdas consecutivas, afetam cerca de 5 por cento das mulheres em idade reprodutiva, segundo o American College of Obstetricians and Gynecologists. Estudos publicados no American Journal of Reproductive Immunology, apontam que, em parte dos casos classificados como sem causa definida, fatores imunológicos podem estar envolvidos no insucesso gestacional.

A American Society for Reproductive Immunology publicou em 2025 suas primeiras diretrizes oficiais para o manejo imunológico das perdas gestacionais recorrentes. O documento, baseado em revisão sistemática da literatura científica, conta com autoria principal do brasileiro Marcelo Borges Cavalcante, ao lado de especialistas internacionais.

As diretrizes apresentam critérios para seleção de pacientes e indicam condutas terapêuticas alinhadas à evidência científica. O material inclui avaliação de imunoglobulina intravenosa, infusões lipídicas, corticosteroides, inibidores de calcineurina, vitamina D, G CSF, terapias celulares e agentes antitrombóticos. O documento ressalta que essas abordagens devem ser consideradas apenas após investigação detalhada do perfil imunológico por meio de exames específicos de sangue ou endométrio realizados por profissionais habilitados.

Pesquisas recentes sugerem associação entre marcadores inflamatórios, alterações de células T reguladoras, variações em linfócitos B e T e risco aumentado de perdas gestacionais recorrentes. O conjunto dessas evidências demonstra a importância de ampliar a investigação para além de avaliações hormonais ou genéticas convencionais.

"A publicação das diretrizes pela ASRI representa um marco para a padronização técnica do manejo imunológico das perdas gestacionais recorrentes. A adoção dessas recomendações pode contribuir para reduzir tratamentos sem respaldo e orientar condutas fundamentadas em evidências, favorecendo avaliações mais precisas em pacientes com histórico de perdas repetidas", destaca o médico Marcelo Cavalcante.

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