O envelhecimento da população brasileira avança em ritmo acelerado e já redefine prioridades na área da saúde e da assistência social. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), até 2030 o número de pessoas com 60 anos ou mais ultrapassará o de crianças de até 14 anos — uma virada demográfica inédita no país. Atualmente, a população com 60 anos de idade ou mais atingiu 32,1 milhões de pessoas, totalizando 15,8% do total de habitantes, conforme dados do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC). As projeções apontam que, até 2070, esse grupo representará 37,8% da população total, ou aproximadamente 75 milhões de pessoas, segundo a Agência Gov. O fenômeno, que em países europeus levou mais de um século para se consolidar, está acontecendo no Brasil em poucas décadas e impôe desafios urgentes para famílias, profissionais e o sistema de saúde.
Enquanto a longevidade aumenta, a formação de cuidadores de idosos não acompanha o mesmo ritmo. Um levantamento do Instituto de Longevidade Mongeral Aegon, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), mostra que o número de cuidadores remunerados cresceu 15% entre 2019 e 2023, chegando a cerca de 840 mil profissionais. Apesar do avanço, o número é insuficiente diante da crescente demanda de uma população cada vez mais dependente de cuidados contínuos.
A informalidade e a falta de capacitação ainda predominam entre os profissionais que exercem atividades de cuidado. De acordo com um boletim do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), mais da metade dos trabalhadores domésticos no Brasil — categoria que inclui cuidadores de idosos — atua sem registro formal, situação que compromete o acesso a direitos trabalhistas, benefícios previdenciários e oportunidades de qualificação. Boletim aponta que, embora o número de profissionais formais tenha crescido nos últimos anos, a informalidade ainda atinge cerca de 60% das ocupações de cuidado e serviços domésticos.
Essa precarização reflete diretamente na qualidade do atendimento e na sobrecarga das famílias. Uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) revelou que a maioria das cuidadoras de idosos no país é composta por mulheres, geralmente familiares, que assumem a função sem preparo técnico e em condições de alta exigência emocional. O estudo destaca que a pandemia agravou a situação dessas cuidadoras informais, ampliando sintomas de ansiedade, cansaço e estresse, especialmente entre aquelas que cuidam de parentes em tempo integral.
O médico e gerontólogo Alexandre Kalache, ex-diretor do Programa Global de Envelhecimento e Saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS) e presidente do Centro Internacional de Longevidade Brasil (ILC-BR), destaca que o país precisa se preparar para envelhecer de forma sustentável. Em entrevista à Revista Pesquisa FAPESP, ele afirmou que "o envelhecimento populacional não é um problema, mas um triunfo da humanidade. O problema é não estarmos preparados para envelhecer bem. É preciso políticas públicas que promovam o bem envelhecer e que reconheçam o papel do cuidado como parte essencial da estrutura social." A visão reforça a urgência de integrar o cuidado com o idoso às políticas de saúde, assistência e trabalho no Brasil.
Nesse cenário, empresas de atenção domiciliar têm se tornado alternativas para o suporte de famílias que necessitam de acompanhamento especializado. A Geração de Saúde, com sede no Paraná, realiza seleção, capacitação e supervisão técnica de cuidadores em atendimentos domiciliares, hospitalares e institucionais. Os processos incluem entrevistas, provas teóricas, checagem de antecedentes e visitas de enfermagem para acompanhamento dos planos de cuidado.
Para Bruno Butenas, fundador da Geração de Saúde, a qualificação contínua é essencial para garantir a qualidade do atendimento. "Por isso, invisto metade do meu tempo no bom atendimento às famílias e a outra metade no treinamento e qualificação dos cuidadores — em todos os níveis de atendimento, do cuidado básico ao acompanhamento hospitalar. O que nos move é o compromisso de transformar o cuidado em um ato técnico, humano e contínuo", afirma.
Segundo ele, a equipe da empresa participa de treinamentos regulares voltados à prevenção de quedas, ao controle de medicamentos e à estimulação cognitiva. "Nossa equipe de enfermagem acompanha de perto cada caso, garantindo que o cuidado seja realizado com técnica e sensibilidade", acrescenta Butenas.
O desafio de envelhecer com dignidade exige planejamento e estrutura. A expansão da formação de cuidadores e a valorização profissional do cuidado de longa duração são caminhos que podem contribuir para atender, de forma sustentável, a população idosa que cresce no país. Ao mesmo tempo, o fortalecimento de modelos organizados de cuidado — tanto públicos quanto privados — tende a reduzir lacunas e oferecer mais segurança às famílias que dependem desse apoio.
O envelhecimento populacional, portanto, já não é uma previsão distante: trata-se de uma realidade que redefine o presente. "O cuidado ao idoso precisa deixar de ser improvisado e passar a ser planejado com profissionalismo, respeito e acolhimento. Essa é a base do nosso trabalho", afirma Bruno Butenas.
Enquanto o país ainda busca consolidar políticas de formação, iniciativas privadas como a Geração de Saúde ajudam a preencher essa lacuna, oferecendo modelos de cuidado que unem técnica, empatia e segurança.
Mais informações sobre os serviços da Geração de Saúde e modelos de cuidado adaptados às diferentes necessidades das famílias, basta acessar: www.gscuidadoresdeidosos.com.br.
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