Terça, 03 de Junho de 2025 06:47
(67) 99273-1624
Brasil BRASIL

BOLSONARO CHEGA A BRASÍLIA ANTES DE JULGAMENTO: 'A GENTE ESPERA JUSTIÇA'

A acusação contra Bolsonaro baseia-se em investigações que apontam para supostas articulações visando subverter o processo democrático. Seus advogados argumentam que não há provas concretas contra ele e que a denúncia tem viés político. 

25/03/2025 08h28 Atualizada há 2 meses
Por:
BOLSONARO CHEGA A BRASÍLIA ANTES DE JULGAMENTO: 'A GENTE ESPERA JUSTIÇA'

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) desembarcou em Brasília na manhã desta terça-feira, poucas horas antes do início do julgamento na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que decidirá se ele se tornará réu por tentativa de golpe de Estado. O caso tem gerado intensos debates políticos e jurídicos, especialmente entre figuras da direita brasileira.

A acusação contra Bolsonaro baseia-se em investigações que apontam para SUPOSTAS ARTICULAÇÕES visando subverter o processo democrático. Seus advogados argumentam que não há provas concretas contra ele e que a denúncia tem viés político. 

O cientista político e escritor Flávio Morgenstern, autor do livro Por trás da Máscara, afirmou que “o processo contra Bolsonaro é mais um capítulo da perseguição política que busca criminalizar o conservadorismo no Brasil”. Segundo ele, a ação judicial reflete um ativismo jurídico que estaria minando a democracia ao interferir no jogo político.

 

O economista e analista político Rodrigo Constantino reforçou a tese de que Bolsonaro está sendo alvo de “lawfare”, termo que se refere ao uso do sistema legal para enfraquecer adversários políticos. “O que estamos vendo é um claro exemplo de judicialização da política. O STF tem um histórico de decisões que beneficiam a esquerda, e este caso não é diferente”, declarou.

 

O filósofo e ex-professor da USP Luiz Felipe Pondé vê o julgamento de Bolsonaro como parte de um processo de radicalização política no Brasil. “O que temos hoje é uma polarização extrema, onde a Justiça, a mídia e a sociedade já tomaram seus lados. Não há mais um ambiente equilibrado para um julgamento justo”, disse Pondé em entrevista recente.

 

Já o jornalista Guilherme Fiuza, colunista da Gazeta do Povo, criticou a condução das investigações. “A perseguição ao ex-presidente é evidente. Nenhuma prova sólida foi apresentada para justificar a acusação de golpe. Enquanto isso, outros políticos que claramente atentaram contra a democracia seguem impunes”, afirmou.

O que aconteceu

  • “A gente sempre espera justiça. Estou bem”, declarou a jornalistas no aeroporto. O ex-presidente afirmou que vai acompanhar o julgamento. “Vou estar acompanhando com os advogados agora e, depois, a gente decide o que vai fazer.”

 

  • Bolsonaro voltou a dizer que as acusações contra ele não têm fundamentação. Afirmou que a Polícia Federal agiu “de forma parcial” nas investigações e questionou a delação do seu ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid, que implicou o ex-presidente na trama golpista para não permitir que o presidente Lula (PT) assumisse o cargo.

 

  • “Lava Jato tem quase 200 delações. A minha teve uma, completamente irregular do início ao fim”, disse Bolsonaro. Segundo o ex-presidente, Cid foi “pressionado” a fazer o acordo de colaboração premiada. A defesa do ex-ajudante de ordens já negou, em mais uma ocasião, que ele tivesse delatado sob pressão.

 

  • O ex-presidente viajou de São Paulo para Brasília. Ontem à noite participou de um podcast na capital paulista, ao lado Tarcísio de Freitas (Republicanos) e disse que não “vai passar o bastão a ninguém”. O governador de São Paulo afirmou que Bolsonaro é seu candidato ao Planalto.

 

Se o STF aceitar a denúncia, Bolsonaro se tornará réu e poderá enfrentar um longo processo judicial, o que impactaria diretamente sua influência política e sua elegibilidade para futuras eleições. Seus aliados no Congresso já articulam estratégias para reagir ao possível desdobramento do caso.

O ex-ministro e aliado de Bolsonaro, Onyx Lorenzoni, declarou que “o Brasil vive um momento crítico, em que a Justiça está sendo usada como ferramenta de intimidação política”. Já parlamentares da oposição argumentam que o julgamento representa um passo essencial para a responsabilização de atos antidemocráticos.

Independentemente da decisão do STF, a direita brasileira parece disposta a manter Bolsonaro como uma figura central em seu discurso político. Para muitos analistas, o ex-presidente ainda é o principal nome da direita para as eleições de 2026, caso não seja impedido pela Justiça.

Nos próximos dias, manifestações a favor e contra Bolsonaro devem ocorrer em diversas cidades, demonstrando que o caso continua a ser um dos temas mais sensíveis do cenário político nacional. O julgamento no STF não será apenas um momento jurídico relevante, mas também um termômetro da atual conjuntura política brasileira.

 

Nenhum comentário
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
Campo Grande, MS
Atualizado às 04h02
17°
Parcialmente nublado

Mín. 18° Máx. 29°

17° Sensação
2.57 km/h Vento
88% Umidade do ar
100% (5.79mm) Chance de chuva
Amanhã (04/06)

Mín. 18° Máx. 30°

Parcialmente nublado
Amanhã (05/06)

Mín. 21° Máx. 31°

Tempo nublado