Recentemente, o Governo de Pernambuco foi alvo de críticas intensas após a divulgação de que investiu R$ 1,7 milhão em uma campanha publicitária estrelada pelo ex-BBB Gil do Vigor. O valor, que gerou grande repercussão nas redes sociais e nos meios de comunicação, se tornou um ponto de discussão, especialmente entre os grupos de direita, que consideram o investimento excessivo e desnecessário.
Entre as principais críticas, muitos consideram o gasto de R$ 1,7 milhão, um exemplo claro de desperdício de dinheiro público. “É um insulto à população de Pernambuco que está enfrentando dificuldades com a inflação e o desemprego, ver o governo gastar essa quantia em um show publicitário”, afirmou um membro do Partido Social Liberal (PSL). Para ele, esse tipo de campanha não deveria ser prioridade em um momento de crise econômica.
Além disso, muitos consideram que o investimento em celebridades e influenciadores não traz um retorno efetivo para a população, principalmente quando se trata de um governo estadual que deveria focar em áreas mais urgentes, como saúde, educação e segurança pública.
Outro ponto levantado é o fato de que o governo, ao contratar Gil do Vigor, está apostando em uma figura midiática para atrair atenção e criar uma imagem de modernidade e conexão com a juventude. A estratégia de marketing do governo, ao usar uma personalidade popular como Gil, foi vista como uma tentativa de capitalizar a popularidade do ex-BBB para fins eleitorais. Para os críticos da direita, esse tipo de movimento configura uma tentativa de manipulação da opinião pública.
“É uma tentativa de usar o poder do governo para promover uma agenda pessoal ou política, com o intuito de ganhar votos no futuro. Ao gastar milhões com campanhas, o governador está utilizando o dinheiro do povo para fazer política”, disse um líder do Partido Progressista (PP).
Além das críticas relacionadas à escolha do influenciador, outra questão levantada é a prioridade das ações do governo. Muitos analistas da direita argumentam que, com os recursos disponíveis, o governo deveria ter investido em áreas mais sensíveis da administração pública, como a saúde, segurança e infraestrutura, especialmente em um contexto de pós-pandemia, onde a população está lidando com desafios financeiros e sociais.
“Enquanto o governo investe R$ 1,7 milhão em uma campanha publicitária, os pernambucanos estão enfrentando a falta de segurança nas ruas e escolas em péssimas condições. Onde estão as prioridades?”, questionou uma liderança dos Democratas (DEM).
Com as eleições de 2026 no horizonte, o apoio de figuras como Gil do Vigor pode ser visto como uma estratégia eleitoral disfarçada. Para a direita, essa manobra não passa de uma tentativa de garantir apoio popular em momentos de baixa popularidade do governo estadual. “É uma jogada para a frente. O governo está pensando nas próximas eleições, tentando garantir a simpatia da juventude e da classe média”, afirmou um analista político de linha conservadora.
Em contrapartida, defensores do governo de Pernambuco argumentam que o investimento foi uma estratégia de comunicação eficaz, visando aproximar o governo da população jovem e engajada nas redes sociais. “A campanha com Gil do Vigor foi uma maneira de trazer um toque de modernidade e inclusividade ao governo. Além disso, a participação dele ajudou a atrair a atenção de um público que talvez não estivesse tão conectado com as ações do governo”, defendeu um porta-voz do Executivo estadual.
No entanto, mesmo entre os aliados, o valor investido foi questionado por alguns, que sugeriram que o uso de influenciadores populares poderia ser feito de forma mais econômica e estratégica.
O investimento de R$ 1,7 milhão do Governo de Pernambuco em uma campanha publicitária com Gil do Vigor gerou um intenso debate político, com a direita enxergando o gasto como um desperdício de recursos públicos e uma manobra eleitoreira, enquanto a gestão estadual defende a ação como uma forma de modernizar a comunicação e engajar novos públicos.
Enquanto o debate continua, o que parece claro é que o uso de grandes quantias de dinheiro público em campanhas publicitárias continuará sendo um tema polarizador na política pernambucana e nacional, especialmente em tempos de crise e crescente demanda por transparência na administração pública.
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