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Brasil ACIDENTES AÉREOS

BRASIL REGISTROU 23 ACIDENTES AÉREOS EM 2025

Em pouco mais de um mês de 2025, foram 23 acidentes aéreos que resultaram em 11 mortes

11/02/2025 12h01 Atualizada há 6 meses
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BRASIL REGISTROU 23 ACIDENTES AÉREOS EM 2025

O início de 2025 trouxe preocupantes dados para a segurança da aviação brasileira, com um registro de 23 acidentes aéreos e 11 mortes, conforme divulgado pelo Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Sipaer), gerido pela Força Aérea Brasileira (FAB). Este panorama pede uma reflexão urgente sobre as medidas de segurança e prevenção que estão sendo implementadas no país.

Os números são alarmantes, mesmo para um país com grande extensão territorial como o Brasil, onde a dependência da aviação é significativa para o transporte de pessoas e cargas. De acordo com especialistas, como o comentarista Caio Coppola, a situação reflete tanto fatores estruturais quanto operacionais, exigindo uma revisão abrangente de protocolos e práticas.

Uma série de questões está no centro deste quadro. Para começar, é importante examinar o estado de manutenção das aeronaves. A frota nacional dos voos regionais, que muitas vezes opera com recursos mais limitados, tende a enfrentar desafios maiores neste aspecto. Além disso, a capacitação contínua de pilotos e equipes de solo é vital, com a implementação de programas de treinamento que abranjam cenários de emergência e melhorias em sistemas de comunicação e navegação.

Além disso, a infraestrutura aeroportuária em partes remotas do país requer atualizações significativas. Aeroportos menores e regionais carecem de investimentos que podem impactar direta e indiretamente a segurança operacional. Como destacou José Fernando Júnior, um excesso de confiança nos sistemas de controle de tráfego aéreo automatizados pode ser contraproducente se não houver suporte adequado para situações manuais.

A Força Aérea Brasileira, por meio do Sipaer, se compromete a conduzir investigações rigorosas em cada incidente, buscando identificar padrões e formulando recomendações de segurança. Isso é essencial para se tomarem ações corretivas baseadas em dados concretos.

Globalmente, o Brasil não está sozinho ao enfrentar desafios de segurança aérea. No entanto, a experiência de outros países que implementaram reformas abrangentes e proativas pode servir de referência. Ajustes regulatórios, aumento nos investimentos em infraestrutura e tecnologia, e cultura de segurança são pilares que precisam ser fortalecidos.

Para os consumidores e empresas do setor, a demanda por voos seguros e confiáveis é inegável. Cabe, portanto, ao poder público e às empresas privadas atuarem em conjunto, garantindo que a aviação no Brasil não apenas cumpra com rigor as normas internacionais, mas também busque continuamente a excelência em segurança.

O despertar de 2025 para a aviação brasileira representa um chamado à ação, uma oportunidade para todos os envolvidos - do governo aos operadores de voos - refletirem e agirem para que a segurança de tripulações e passageiros se fortaleça continuamente, garantindo que os céus do Brasil sejam um ambiente seguro para todos.

 

Veja quem são as 11 vítimas:

 

Um avião caiu nesta sexta-feira (7) no bairro da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo. Duas pessoas estavam a bordo do avião e morreram. Eles foram identificados como o piloto Gustavo Medeiros e o advogado Márcio Louzada Carpena, 49. A aeronave, um King Air F90, prefixo PS-FEM, decolou do aeroporto do Campo de Marte, na zona norte da capital, por volta das 7h15, rumo a Porto Alegre, e perdeu o contato com a central um minuto depois. O local da queda fica a cerca de cinco quilômetros dali.

Gustavo Carneiro Medeiros foi piloto particular, mas trabalhou na companhia aérea Azul entre os anos de 2011 e 2021. Medeiros nasceu em Porto Alegre e era formado em administração e ciências aeronáuticas pela PUC-RS. Em seu LinkedIn, ele dizia ter um total de 3.819 horas de voo como copiloto do modelo Embraer 190, além de 1.912 horas como comandante de aeronaves ATR, utilizadas em transporte regional.

Márcio Louzada Carpena era palestrante e advogado. Carpena deixa companheira e três filhos. Ele era pai de uma menina de 10 anos, uma adolescente de 14 e um menino de idade não identificada. Carpena também tinha um relacionamento com Francieli Pedrotti Rozales, biomédica e sócia de uma empresa de tratamentos estéticos. Ele costumava publicar fotos de viagens internacionais com a família em seu perfil no Instagram.

 

 

Na queda, o avião bateu em um ônibus urbano. O veículo da viação Santa Brígida operava a linha 8500-10 Terminal Pirituba - Terminal Barra Funda, e pegou fogo. Como estava no contrafluxo, indo do centro ao bairro cedo pela manhã, o ônibus só tinha cinco passageiros, além do motorista e o cobrador.

Pelo menos seis pessoas ficaram feridas. Um motociclista foi socorrido após ser atingido por uma placa de trânsito. Cinco pessoas que estavam no ponto ou dentro do ônibus também sofreram ferimentos leves e não correm risco de vida, segundo Kleber Vitor Santos, médico do Samu que atende no local.

O motorista está em estado de choque, segundo médico do Samu que atende no local. Ele teve um mal súbito após o acidente, mas passa bem.

 

Ubatuba–SP

 

 

No dia 9 de janeiro, um avião de pequeno porte ultrapassou a pista do aeroporto de Ubatuba, no litoral de São Paulo, e explodiu. O acidente aconteceu na praia do Cruzeiro, ao lado do Aeroporto Estadual de Ubatuba, quando a aeronave tentava pousar. O voo partiu do Aeroporto Municipal de Mineiros, em Goiás (SWME), segundo a Rede VOA, concessionária responsável pelo aeroporto de Ubatuba.

O piloto Paulo Seghetto, 55, morreu. Segundo informações de suas redes sociais, Seghetto trabalhava como piloto profissional desde 1997. Na época, iniciou sua carreira como copiloto na Sete Táxi Aéreo, onde permaneceu por 13 anos e chegou ao cargo de capitão de um Learjet 35, jato executivo bimotor dmédio porte. Entre 2010 e 2014, atuou como piloto na Voepass Linhas Aéreas, antiga Passaredo. Desde então, dedicava-se à aviação executiva. Os quatro passageiros foram resgatados vivos e se recuperam do acidente. O avião pertence à família Fries, e estavam na aeronave a empresária Mireylle Fries, o marido dela e os dois filhos do casal.

 

Caieiras–SP

 

 

Um helicóptero com quatro pessoas caiu no dia 16 de janeiro na cidade de Caieras, na Grande São Paulo, em uma área de mata fechada. O piloto, identificado como Edenilson de Oliveira Costa, e uma adolescente de 12 anos, sobreviveram.

Os pais da adolescente morreram no momento da queda. Eles foram identificados como o empresário André Feldman, 50, e sua esposa Juliana Elisa Alves Maria Feldman, 49.

 

Juliana Alves Feldman. Nas redes sociais, Juliana se apresentava como empresária. Ela estudou economia na FAAP e trabalhou como gerente comercial em uma empresa entre 2003 e 2008, quando resolveu empreender. Ela não dava detalhes sobre sua vida pessoal nas raras publicações que fazia

André Feldman. André era CEO da empresa Big Brazil International Games, da área de apostas esportivas, poker e loteria. Ele tinha costume de dar entrevistas falando sobre o avanço na legalização. Os dois eram de Americana (SP), cidade para qual helicóptero seguia no momento da queda.

 

Veríssimo–MG

 

 

No dia 22 de janeiro um avião que realizava uma pulverização agrícola caiu na zona rural de Veríssimo. A cidade fica a cerca de 40 km de Uberaba, em Minas Gerais.

O piloto da aeronave foi identificado como Walter Luís Nicolielo Junior, 48. Ele era o único ocupante da aeronave e morreu no local. Walter era natural de Monte Alto–SP e deixa uma filha, a irmã e os pais. Ele já havia trabalhado como piloto comercial e tinha mais de 20 anos de experiência.

 

Canarana–MT

 

 

Um piloto morreu após um avião agrícola cair no dia 23 de janeiro. Aeronave caiu em uma fazenda do município de Canarana, a 838 km de Cuiabá, no Mato Grosso. O profissional foi identificado como João Edson Belafronte, 69. Ele estava sozinho na aeronave.

A vítima realizava uma pulverização agrícola, segundo as autoridades locais. Conforme a Anac, a aeronave Cessna Aircraft, matrícula PR-AAN, estava regularizada e registrada como prestadora de serviços privados.

João tinha mais de 50 anos de experiência. Nas redes sociais, amigos se despediram do piloto e contaram que ele era apaixonado por aviação. Ele deixa esposa e filhos.

 

Cruzília–MG

 

 

Três pessoas morreram na queda de um helicóptero no dia 27 de janeiro, em Cruzília–MG. As vítimas foram identificadas como o piloto Fernando André Ferreira, 46, o gerente da fazenda, Lúcio André Duarte, 39, e a esposa dele, Elaine Moraes Souza, 37. Segundo as autoridades locais, os ocupantes do helicóptero estavam retornando ao local de partida.

Fernando, piloto do helicóptero, era de Goiânia. Ele prestava serviço de pulverização na fazenda. Lucio André Duarte era o gerente da fazenda onde aconteceu o acidente. Ele era casado com Elaine Moraes Souza, que também estava no helicóptero e morreu na queda. A mulher trabalhava como auxiliar administrativo na fazenda. O dono da propriedade onde a aeronave caiu, Amauri Pinto Costa, disse por telefone à EPTV, afiliada TV Globo, que os ocupantes da aeronave tinham saído no helicóptero para ir para outra fazenda e estavam retornando ao local de partida quando o acidente aconteceu.

Aeronave caiu durante pouso. À Globo, o dono da fazenda afirmou que funcionários viram a aeronave tentando pousar, quando, de repente, ela girou e bateu com a parte frontal contra o solo.

 

Caarapó–MS

 

 

O piloto Lucas Gomes Basílio Becker, 35, fazia o reconhecimento da área quando caiu com o avião e morreu na tarde de quinta-feira (31/5). O caso aconteceu em Iguatemi, município localizado na região Sul do Estado. A vítima saiu de Caarapó para pulverizar uma fazenda do município. 

 Assim, informações dão conta de que a aeronave de pequeno porte teria caído às margens de um barraco, em cima de um enxame. Com o acidente, o piloto não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

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