Com o tema “Caminhos de Memória: Territórios, Saberes e Resistências”, a edição 2025 da Jornada Estadual do Patrimônio Cultural de Mato Grosso do Sul promove um grande movimento de valorização da memória coletiva, das tradições populares e das expressões culturais que constituem o mosaico identitário do estado.
A iniciativa, realizada pela Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS) em parceria com o IPHAN/MS e o CAU/MS, envolve 14 municípios e contabiliza 51 ações culturais, entre seminários, oficinas, exposições, rodas de conversa, festivais, atividades educativas e apresentações artísticas.
A abertura da programação da Fundação de Cultura de MS será no dia 11 de agosto, às 17h30, no Arquivo Público Estadual, com a Exposição Fotográfica “Erva Mate – Nos tempos dos Ervais por Hélio Serejo”. A exposição traz o acervo do Arquivo Público Estadual, Instituto Histórico e Geográfico de MS e de Helta Barbosa Serejo, numa parceria do acervo de objetos e documentos referentes a Hélio Serejo.
“Esta primeira edição representa um marco histórico para as políticas culturais do Estado. Estamos demonstrando que a preservação do patrimônio cultural pode ser democrática, participativa e transformadora”, afirma Eduardo Mendes Pinto, diretor-presidente da Fundação de Cultura de MS.
O tema deste ano convida à reflexão sobre os percursos históricos e os modos de vida das comunidades sul-mato-grossenses, com ênfase em experiências vividas por povos indígenas, quilombolas, ribeirinhos, pantaneiros e urbanos. A erva-mate, símbolo afetivo e culturalmente enraizado no Estado, ganha destaque especial como elo entre memória, trabalho, ritualidade e pertencimento.
“A escolha da erva-mate como fio condutor não foi casual. Ela representa a essência da sociabilidade sul-mato-grossense e conecta diferentes territórios e gerações em torno de uma tradição compartilhada”, afirmam os curadores da exposição Rita Natalia Serenza e Douglas Alves da Silva. A curadoria da exposição que tem como fio condutor a obra de Helio Serejo foi elaborada conjuntamente com o Instituto Histórico e Geográfico de MS, com a jornalista Lu Tanno e a historiadora Madalena Greco, componentes da instituição.

As ações acontecem em todas as regiões do Estado e são desenvolvidas por instituições públicas, coletivos culturais, universidades, escolas, comunidades tradicionais e artistas locais. Da tradição oral aos processos de pesquisa acadêmica, a programação revela o protagonismo dos territórios e a força da articulação comunitária.
“O que mais nos emociona é ver como as comunidades abraçaram a Jornada. Temos desde o tradicional Festival da Rapadura da comunidade quilombola de Jaraguari até pesquisas acadêmicas da UFMS, todas valorizando nossa diversidade cultural através da mesma iniciativa”, destaca Melly Fátima Goes Sena, diretora de Memória e Patrimônio Cultural da FCMS.
Entre os eixos temáticos abordados, estão os caminhos indígenas e quilombolas, roteiros de fé, festas e oralidades, paisagens culturais pantaneiras, patrimônio arquitetônico e arqueológico, literatura e artes regionais, além da Rota da Erva-Mate como experiência sensorial e de pertencimento.
“A Jornada do Patrimônio de MS durante o mês alusivo ao Patrimônio Cultural é uma forma de trazer o protagonismo para as referências culturais que identificam nossa diversa e rica sociedade sul-mato-grossense, seja por meio da valorização e promoção do patrimônio material e/ou imaterial, pela forte presença da participação social, bem como nas ações de educação patrimonial, que é a base de todo o trabalho em defesa da preservação do legado cultural para as gerações futuras”, diz João Santos, superintendente do IPHAN/MS.
A Jornada se consolida como um espaço anual de escuta, mobilização e visibilidade do patrimônio cultural sul-mato-grossense, fortalecendo políticas públicas e promovendo conexões entre poder público, sociedade civil e comunidades locais.
A programação completa vai ser divulgada nos próximos dias.
Comunicação Setesc
Foto: Ricardo Gomes
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